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   No Brasil a perícia de engenharia surgiu inicialmente para avaliações, a partir da promulgação da Lei das Terras n°601 de setembro de 1850. Sendo que somente em 1939 que o Código Civil Brasileiro começou a prever a prática pericial e dos assistentes técnicos. Entre os anos de 1952 e 1954, começou a se implantar normas para esta finalidade e foi fundado o IBAPE (Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia) e posteriormente também sendo fundada a ABAP (Associação Brasileira de Avaliação e Perícia), e nos anos 90 houve a união das duas. As técnicas e equipamentos evoluiram muito com o tempo, podendo apresentar cada vez mais dados relevantes para elucidação de conflitos e busca por soluções.

    Segundo o IBAPE, "perícia é a atividade técnica realizada com o propósito de averiguar e esclarecer fatos, verificar o estado de um bem, apurar as causas que motivaram determinado evento, avaliar bens, seus custos, frutos ou direitos".

    Atualmente as perícias em engenharia têm duas modalidades principais, sendo a Avaliação de Bens  e Engenharia Diagnóstica.

    A perícia pode ser tanto judicial quanto extrajudicial. No caso da judicial, esta é utilizada como uma prova admitida em um processo, para assim auxiliar o juiz em sua decisão, pois não seria possível o mesmo conhecer sobre todas as variáveis e peculiaridades dos diversos tipos de processos. Sendo assim, em processos específicos o juiz nomeia um perito judicial, que irá colher evidências e apresentar um laudo técnico, para assim haver convicção para julgar o litígio. Contudo, as partes de um processo também podem contratar um perito, mas neste caso entraria como um assistente técnico judicial, o qual apresentará argumentos técnico-científicos que embasem a defesa de seu cliente ou demonstre provas e responsabilidade da outra parte. Já na perícia extrajudicial a investigação não é vinculada a um processo judicial e tem por finalidade instruir um cliente sobre determinadas situações, que poderão ou não migrar para o âmbito judicial.

    Contudo, a perícia de engenharia não é somente para elucidar conflitos judiciais, mas também para trazer mais segurança, pois tem um caráter técnico especializado que pode previnir possíveis desastres e abrir espaço para a solução de problemas que talvez ainda nem são conhecidos, mas que podem trazer grande risco. Vale ressaltar que para a realização de perícias, além da NBR 13752 existem outras a serem consultadas, tais como: NBR 16747 que fornece diretrizes, conceitos, terminologias e procedimentos relativos à inspeção predial e NBR 15575, a qual "estabelece  que os requisitos e critérios de desempenho aplicáveis às edificações habitacionais como um todo integrado, bem como a serem avaliados de forma isolada para um ou mais sistemas específicos."